O governo brasileiro prepara-se para distribuir quase 600 mil tablets, de 7 e 10 polegadas, entre os professores do ensino público do país, durante este ano, num investimento que se situará entre os 150 milhões e os 190 milhões de reais (entre os 66,6 milhões e os 79,9 milhões de euros), avança a imprensa local.
O objetivo é dotar 62.230 mil escolas deste tipo de dispositivos, para que sejam usados em conjunto com os quadros interativos, explica a Agência Brasil.
O programa vai começar por fazer chegar os tablets aos professores porque o Ministério da Educação defende que o projeto tem maiores probabilidades de ser bem-sucedido se os docentes dominarem a tecnologia antes de esta chegar aos alunos.
Através dos equipamentos, os professores poderão preparar aulas, aceder à Internet e consultar conteúdos como as revistas pedagógicas e os 60 livros que virão pré-instalados. As aulas preparadas no tablet serão depois apresentadas recorrendo aos novos quadros interativos, dos quais foram distribuídas 78 mil unidades o ano passado.
"A inclusão digital tem que começar pelo professor. Se ele não avançar, dificilmente a pedagogia vai avançar", afirmou o ministro da educação, Aloizio Mercadante, citado pela mesma fonte.
O procedimento para compra dos tablets iniciou-se em dezembro de 2011, com a apresentação de propostas para fornecimento de 900 mil equipamentos, com ecrãs cujas dimensões se situassem entre as 7 e as 10 polegadas, que fossem fabricados no país.
Embora já sejam conhecidos os vencedores do leilão (a Digibras e a Positivo), a assinatura dos contratos não deverá acontecer antes de abril, data até à qual os organismos públicos irão verificar se as ofertas correspondem às exigências do concurso.
O Ministério da Educação pagará cerca de 300 reais por cada tablet de 7 polegadas e 470 reais pelos dispositivos com ecrãs e 10 polegadas, um valor que, de acordo com os responsáveis, fica bem abaixo dos 800 reais cobrados pelos modelos de 7 polegadas.
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