As quatro operadoras de celular – Claro, Vivo, Oi e TIM – estão na Futurecom 2012, feira que ocorre no Rio de Janeiro, para demonstrar seus produtos e novidades. A maior novidade, claro, é o 4G. Mas enquanto algumas destacam forte a conexão rápida via rede móvel, outras ainda falam pouco sobre o assunto.
Usamos a rede de testes na feira, e vale notar duas coisas: primeiro, as velocidades são altíssimas, às vezes ultrapassando 20Mbps – mas não são “reais”. Afinal, a rede tem poucos usuários, e a estação rádio-base fica instalada bem próximo à área de testes. São condições ideais, e portanto irreais.
Segundo, o 4G é bem mais rápido, mas ainda não chega ao sonho de ver páginas da web “piscarem” na tela, de tão rápido que carregam – elas demoram poucos segundos para renderizar. (Se forem páginas feitas para celular, no entanto, elas realmente aparecem na hora.) Da mesma forma, carregar vídeo HD exige um pouquinho de buffer – no celular, isso demora um segundo ou dois. Mas isso tudo é ótimo, não? Sim, mas isto foi em uma rede de testes: a velocidade deve cair quando o 4G chegar ao mundo real.
Mesmo assim, estamos ansiosos pelo 4G. Eis o que as quatro operadoras têm a mostrar sobre ele.
Claro
A Claro é a operadora que mais destaca o 4G por aqui. Na verdade, quase todo o estande é pensado para os usuários testarem a novidade. No primeiro dia de feira, houve alguns problemas com a rede, mas conseguimos testá-la no final do dia.
E os resultados estão aí: 16Mbps de downlink, e 13Mbps de uplink no Motorola Razr. Depois fui usar meu smartphone e, bem, foi uma pena voltar às velocidades do 3G. A Claro já testa a rede 4G em três cidades.
Oi
A Oi também destaca o 4G em seu estande da Futurecom. Os laptops conectados via modem 4G marcavam velocidades acima dos 20Mbps no download, e até 13Mbps no upload. Claro que essas velocidades não são “reais”: é uma rede de testes com poucos usuários, então claro que a velocidade fica bem alta – no entanto, impressiona.
Mas como a Oi trouxe o 4G para a feira, se a rede ainda não foi instalada? Um representante da Alcatel-Lucent, fornecedora do 4G para a Oi, explicou ao Gizmodo o caminho que o 4G percorre até a feira. No estande, ao lado dos laptops, há uma estação radiobase (ERB) – veja na imagem acima. A ERB se comunica a uma antena, ligada à rede de fibra ótica da Oi. Pela fibra, o sinal viaja até a sede da Oi, onde fica a rede de testes já instalada do 4G.
Na Oi, também pudemos ver o 4G em smartphones: o Motorola Razr carregava vídeos do YouTube em HD sem muita demora, assim como páginas da web. Ele não me impressionou muito na videoconferência (com outro Razr), no entanto, mais pela qualidade do vídeo. A Oi já testa a rede 4G na zona sul do Rio de Janeiro.
Vivo
As outras duas operadoras estão mais tímidas em relação ao 4G, pelo menos na Futurecom. A Vivo deixou os aparelhos – Razr, Galaxy S III e modem da Huawei – sem tanto destaque quanto os outros produtos. Nos testes de velocidade, o download continuou bastante alto, mas o upload ficou bem limitado, chegando a apenas 2Mbps. Mas como essa é uma rede de testes, preparada pela Huawei para o evento, isso pode mudar quando a rede for lançada.
A rede 4G da Vivo terá algumas antenas mais discretas, fixadas ao lado de postes de iluminação. Os equipamentos da antena, por sua vez, ficam em caixas subterrâneas de fibra de vidro. A Vivo já testa a antena no Rio de Janeiro, e promete ativar mais de 500 antenas como esta no país inteiro.
A Vivo também anunciou alguns prazos para o 4G: segundo uma representante da Vivo, o Galaxy S III LTE chega à operadora em novembro, ainda sem preço definido; enquanto sua rede 4G estreia até a Copa das Confederações, em abril de 2013 – prazo máximo definido pela Anatel.
TIM
E a TIM? Por enquanto, nada a declarar – e não se encontra nada relacionado a 4G no estande. Mas em breve teremos novidades: Andrea Mangoni, presidente da TIM Brasil, disse que vai cumprir o cronograma da Anatel para implementar o 4G, e que vai divulgar seus fornecedores do 4G em duas semanas.
E assim, o 4G começa lentamente a ganhar forma no Brasil.
Fonte: www.gizmodo.com.br/
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