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10 de mar. de 2013

O futuro dos PCs a partir de 2014

Semana passada a Intel anunciou que a partir de 2014 não mais comercializará placas-mãe para micros de mesa (“desktops”), ou PCs. Manterá ainda por algum tempo (cerca de três anos) a fabricação destas placas e circuitos auxiliares (“chipsets”) para honrar seus compromissos com terceiros, como Asus e ASRock que, no entanto, as comercializarão sob suas próprias marcas. Porém as derradeiras placas-mãe nos formatos ATX, mini ATX e micro ATX desenvolvidas para micros de mesa com a marca Intel e estampando seu logotipo, serão fabricadas apenas este ano. E gradualmente desaparecerão do mercado.
As últimas placas-mãe Intel (algumas, ainda estão na prancheta para lançamento este ano) serão as desenvolvidas para a quarta geração de processadores da família Core. Esta geração será formada pelos Haswell, a serem lançados este ano (segundo boatos durante a COMPUTEX 2013), fabricados com tecnologia de 22 nm, e pelos Broadwell, com camada de silício de 14 nm (espera-se seu lançamento ainda para 2013), ambos utilizando os transistores tridimensionais “trigate”. Destas unidades, poucas serão destinadas a computadores de mesa, pois a arquitetura Haswell é incrivelmente flexível e permite a fabricação de processadores capazes de atender uma enorme gama de demandas. É certo que haverá Haswells para PCs, mas a grande maioria deles será destinada a portáteis tipo “notebooks”, Ultrabook e tabletes.
Por esta razão as placas-mãe destinadas a uso nos computadores portáteis tipo “notebook” e, principalmente, “Ultrabook”, sejam aquelas desenvolvidas para a arquitetura Haswell, sejam as desenvolvidas para suas antecessoras, continuarão a ser fabricadas. O que a Intel anunciou foi apenas a interrupção da fabricação de placas-mãe para PCs.
Isto porque a partir de 2013 os esforços da Intel serão voltados predominantemente para dispositivos móveis, especialmente seu novo carro chefe, a plataforma Ultrabook, assim como tabletes e “notebooks” de maior poder de processamento.  O que é uma mudança e tanto, posto que a empresa vem fornecendo placas-mãe para micros de mesa há mais de vinte anos – e vinte anos nesse mercado é uma eternidade.
Segundo a Intel, mesmo considerando o grande número de placas-mãe fabricadas anualmente, esta decisão não exercerá impacto significativo sobre a força de trabalho da empresa. Embora tenha se recusado a declarar quantos empregados serão afetados pela decisão, informou que o número será pequeno porque a grande maioria dos envolvidos diretamente com a linha de produção serão remanejados para outras divisões. Presumivelmente muitos deles serão deslocados para a linha de produção do NUC, ou “Next Unit of Computing”, um curioso e pequeníssimo PC sem teclado, sem vídeo, com custo da ordem de US$ 400, que parece ser, juntamente com os Ultrabook, o novo xodó da empresa.
Pois muito bem, a Intel vai deixar de fabricar placas-mãe para micros de mesa. E dai?
Bem, assim considerado como fato isolado, não significa muito. Porém…
O NUC, acoplado a uma televisão (provavelmente através de sua porta HDMI) e a um conjunto de teclado e mause sem fio via porta USB, bem pode substituir um micro de mesa como centro de entretenimento doméstico e cobrir um enorme número de lacunas que exigem baixo poder de processamento nas corporações.
Já os Ultrabook são um caso a parte.
Por exemplo: em janeiro passado, Kirk Skaugen, chefe da divisão PC da Intel, em entrevista a Daniel Cooper publicada na Engadget, anunciou que para aderir ao padrão Ultrabook os novos modelos terão obrigatoriamente de usar telas sensíveis ao toque. Segundo ele a razão disto foi o resultado de testes realizados com usuários a quem foram dadas tarefas para serem cumpridas usando Ultrabook com Windows 8 instalado e tela sensível ao toque. O resultado foi que 80% do tempo os usuários recorreram à tela em vez de ao teclado e mause. E mais: Skaugen acrescentou que não é propósito da Intel fazer com que os Ultrabook substituam os “notebooks”. Segundo ele “Nós não estamos tentando criar um mundo Ultrabook”.
Portanto, haverá espaço para NUCs, tabletes, Ultrabook e “notebooks” (provavelmente os de maior poder de processamento).
E os micros de mesa, nossos velhos “desktops”?
Bem, estes não andam lá muito bem das pernas…
Segundo artigo do Gartner Group, as vendas mundiais de micros de mesa em 2012 totalizaram cerca de 90,4 milhões de unidades, enquanto em 2011 elas chegaram a 95 milhões. O que representa uma queda de quase 5%.
Ainda no mesmo artigo se percebe que das cinco grandes fabricantes, HP, Dell, Acer, Lenovo e ASUS, as únicas que apresentaram crescimento foram as duas últimas. As demais tiveram quedas acentuadas, a da Dell chegando a quase 21%.
Mil razões podem ser cogitadas para justificar esta tendência, inclusive o lançamento de Windows 8 que pratVisualizar blogicamente exige uma tela sensível ao toque como bem percebeu a Intel que passou a solicitá-la nos seus Ultrabooks. Mas sejam lá quais forem as justificativas, o fato é que as vendas dos micros de mesa estão caindo.
Agora, vamos juntar os fatos. A Intel decide descontinuar a fabricação de placas-mãe para micros de mesa; as vendas destas unidades caíram 5% ano passado; a Intel (e outras; este é apenas um exemplo; a COMPUTEX 2012 estava cheia de outros) cria o NUC, um computador simplificado que substitui o PC como centro de entretenimento doméstico; e os Ultrabooks, “notebooks” e tabletes estão aí para satisfazer as necessidades computacionais tanto do usuário doméstico quanto dos corporativos.
Diante disto, como lhe parece que se apresenta o futuro dos micros de mesa?
Eu, particularmente, gosto muito deles e dificilmente os abandonarei.
Mas estou ciente que corro o risco de me tornar dono de uma raridade, como aqueles velhos escrevinhadores que não se acostumaram com o computador e até hoje batucam no teclado de suas “máquinas de escrever”. As dos mais moderninhos, elétricas…

B. Piropo do ITWEB
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